quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

ZZ TOP RULES!

Saudações a todos! Viramos mais uma década e nada melhor do que ver que há coisas que são mesmo como o vinho: quanto mais o tempo passa, melhora. Tudo bem que isso é um baita clichê, mas todos os clichês são válidos ao lembrar e comentar bandas maravilhosas que assim como as citadas no texto anterior, viram páginas, décadas e suas canções continuam sendo as mesmas.

Uma delas é o ZZ Top, que vem ao Brasil varonil em 2010. Ao ver o "Storytellers" na VH1 me deparei com um belo exemplo de autenticidade e atitude raríssimas nos dias de hoje. Para quem não conhece, o programa é um misto de show com programa de auditório onde a banda conta sua história e entre uma música e outra, é entrevistada pelos fãs da platéia. É o mesmo que você matar três coelhos com uma só porrada.

Enquanto assistia o ZZ Top e ouvia seus clássicos, imediatamente deu aquela vontade de descer a rua e correr pro bar, não um boteco português vendendo moela verde ou ovo amarelo e sim aqueles onde a gente pode ouvir música boa e beber uma bela cerveja. O som deles é a trilha sonora perfeita esperando por um pub enfumaçado, tipicamente rock and roll. É o tipo de música que faz despertar na gente aquele biriteiro clássico fácil de encontrar nos bares de estrada ou em qualquer bar rock cheios de imitações e arremedos de pubs americanos, camisas pretas, caveiras, couro, rebites e referências à Harley-Davidson. O cérebro de imediato responde fazendo você bater cabeça, ter vontade de ter uma bela loira (gelada ou quente, morena ou ruiva, não importa) numa mão e ter o "horns up" levantado na outra.

Tudo que é bom dura pouco, principalmente na televisão. Com o fim do programa fui zapear e me deparei, nos canais ditos "de música" com os mesmos rappers marrentos, emos e bandas indies chatas pra cacete. A pergunta que fiz a mim mesmo faço a vocês: por onde anda aquela atitude tá bem representada no ZZ Top? Por onde andam os provocadores? Aonde estão os bons músicos e as belas canções? Porque o que se vê na maior parte do tempo, são imitações baratas de atitude de shopping center, cuspidores de notas por segundo ou músicos medíocres incapazes de fazer algo decente. Que bom que esses velhinhos com idade para serem avós que fazem você bater cabeça, se arrepiar e sentir o poder e a força do bom e velho rock and roll.