sexta-feira, 28 de maio de 2010

POR ONDE ANDAM OS ENFEITES?


Quando a época de Copa do Mundo se aproxima, mutirões se organizam para uma missão que não se resume apenas em torcer: enfeitar as ruas com as cores do Brasil. O mais interessante é que a copa coincide com uma das nossas maiores manifestações populares, as festas juninas. Mas uma pergunta martela na minha cabeça: por onde andam os enfeites?.

Ando pelos bairros da zona norte do Rio de Janeiro - onde essa tradição é muito mais latente e onde o Rio é genuinamente mais carioca - e percebo que não há muitas ruas enfeitadas, poucas bandeirinhas ou muros pintados. Consequentemente há menos mutirões que transformam a tarefa de enfeitar as ruas pra Copa numa festa à parte, com direito a churrasco, comilança e cervejadas..

Ao mesmo tempo em que acho esse fato um tanto quanto triste, vejo também como um reflexo de um povo que não reagiu bem à lista dos convocados e não deposita lá muitas esperanças e confianças no time que o Brasil leva pra África. A reprovação e a desconfiança estão, literalmente, nas ruas do país.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A MÁGICA ACABOU


Faz mais de um dia mas só agora é que finalmente paro pra tentar escrever sobre a morte de um ídolo que marcou a minha vida e de muitos head bangers mundo afora: Ronnie James Dio. A dor é grande, um vazio imenso se instalou não só em mim, mas no mundo do heavy metal com a perda de um ícone gigantesco como Dio.


As reações parecem ser as mesmas: estarrecidos, pasmos e muito, mas muito tristes com a perda de uma pessoa que personificava o heavy metal, com 60 anos de idade. A sensação é de que perdemos um ente querido, um amigo, uma pessoa próxima da gente. E porque não pensar que Dio era isso tudo mesmo?


Não importa se ele estava no Black Sabbath, no Rainbow ou na carreira solo, ele marcou e esteve presente na vida de muitas gerações, nos bares, nas festas, nos estúdios, nas garagens e até mesmo nos nossos quartos(eu mesmo tinha um poster enorme), seja com sua voz ou com a sua imagem marcante fazendo sempre o "horns up", que mais tarde viríamos a saber que era o "maloik" que sua avó fazia pra espantar mau olhado e acabou se transformando na saudação símbolo da comunidade do heavy metal.


Dio é eterno. E ninguém tem o direito de ousar se intitular "rei do metal", pois esse lugar já tem dono. Todas as homenagens não serão suficientes, tamanha foi a contribuição deste homem para a música. Sua dedicação aos fãs, seu carisma, seu talento, sua personalidade - um verdadeiro cavalheiro - e jeito de ser que vinha até nós através das entrevistas e dos encontros nos shows acabou se provando verdade através dos depoimentos de quem conviveu muito próximo dele. Confesso que o Dio é talvez o único caso em que eu realmente acredito que amava os seus fãs de verdade.


O dia 16 de maio foi o mais triste da história do heavy metal. Apesar da dor e do vazio imenso, cabe a nós, fiéis admiradores do mestre, ter como missão levar adiante sua obra que está a nossa disposição. Dio é eterno. Estará sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. O homem da montanha de prata, acima do céu e do inferno. Um arco-íris sempre surgirá na escuridão todas as vezes que sua voz e sua música abrir aquele portal mágico, repleto de anjos, demônios, dragões, fadas, elfos...


DIO, YOU ROCK!