quinta-feira, 30 de abril de 2009

NOVOS ADEPTOS

Não sou adepto desses blogs "diarinhos mi-mi-mi", mas há algo que deve ser relatado. É deveras emocionante ver garotos por aí perambulando com blusas de bandas clássicas, deixando o cabelo crescer, escutando coisas do tempo em que nem sonhavam em nascer. Isso acontece com todo mundo, ou melhor, com pessoas abaixo dos cinquenta anos de idade, mais ou menos a idade do rock and roll.

Foi exatamente o que eu vi hoje, lá na academia onde malho. Sou o único cabeludo, talvez o único head banger. De repente brotou um moleque com no máximo 11 anos, com uma camisa fodaça do AC/DC. Tive que virar pro guri e dizer "bonita camisa, garoto! continue assim porque isso é bom pra cacete!". O guri sorriu todo tímido, os pais adoraram. Deu pra ver que os pais estão fazendo o dever de casa direitinho. Logo o moleque tá ouvindo Iron Maiden ou quem sabe Napalm Death, mas só de ver que conhece AC/DC, já é um bom começo.

Gosto mesmo de ver isso. Fiquei feliz. Sinal de esperança. É muito legal incentivar a molecada a conhecer essas bandas, a praticar instrumentos e mostrar coisas de fato com embasamento cultural. A molecada precisa ouvir música boa, receber boas mensagens, pois só assim podemos amenizar um pouco a merda que é este mundo.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

ROCK STAR (2001)

Lançado nos cinemas norte-americanos em 2001, "Rock Star" conta a vida de Chris Cole (Mark Wahlberg), um head banger comum, porém repleto de sonhos. Morava com seus pais, ganhava mal, brigava direto com seu irmão, que abominava o seu estilo de vida "rock and roll" e namorava Emily, (a bela Jennifer Aniston) a fiel escudeira e talvez a única a acreditar no seu talento. Quando Chris entrava em cena como vocalista da banda cover do Steel Dragon (sua banda predileta), tudo mudava. Era naquele momento que podia viver sua fantasia de rockstar e de encarnar a figura de Bobby Bears, seu ídolo e frontman da banda que coverizava pelas noites na Pennsilvania.

Depois de ser chutado da banda cover, Chris se vê num beco sem saída. Mas é justamente aí que o jogo vira. Ele recebe o convite para substituir seu ídolo na sua banda predileta e então voa pra L.A. Lá, assiste uma cena constrangedora e porque não hilária: Bobby Bears tirando a peruca e dizendo na cara dura que uma balada foi inspirada num caso que ele teve com outro homem, já que ele era gay. Depois de aprovado, as coisas mudam de figura e ambos (ele e sua namorada) são tragados pelo furacão do sucesso, sob a atmosfera da clássica tríade "sexo, drogas e rock and roll".

A história é passada nos anos 80 e reflete muito bem o que aconteceu naquela época, principalmente no quesito "cotidiano de rockstars": megashows em arenas lotadas, groupies, festas, farras, mulheres, orgias e toda aquela fantasia que, apesar de envolver as bandas grandes da época - vide exemplos de Mötley Crue, Kiss, Poison, Ratt -, não fazem mais parte da realidade atual. O filme foi inspirado na história verídica de Tim "Ripper" Owens, vocalista de uma banda cover de Judas Priest e logo após a saída de Rob Halford, assumiu seu posto. Logo, é notório para os mais atentos, algumas semelhanças entre a Steel Dragon e o Judas Priest.

O elenco, além de contar com Mark Wahlberg e Jennifer Aniston, tem a participação de Zakk Wylde (guitarrista do Ozzy Osbourne) e Jason Bonhan, filho do falecido mestre John Bonhan, baterista do Led Zepellin. Os vocais gravados tanto para as cenas quanto para a trilha sonora, foram feitos por Michael Matijevic e Jeff Scott Soto.

terça-feira, 14 de abril de 2009

ADVENTOS BOMBÁSTICOS

Existem coisas na nossa vida que quando acontecem, temos variadas reações. Quando o impacto é forte e profundo, demoramos bastante tempo pra perceber. É que nem quando morre alguém bem próximo, você até entende que a pessoa morreu, mas parece que o cérebro demora um pouco pra constatar que ela não está mais ali. Você fica atônito, surpreso.

Mas não quero falar de coisas tristes ou negativas. Você pode ficar atônito e de alma lavada após um show de rock. Podes crer que essa tal reação descrita acima é consequência também de coisas positivas que acontecem com a gente. Sou exemplo disso. Confesso que ainda estou atônito com o show do KISS. Impacto igual, só aconteceu comigo quando assisti o Rush no Maracanã. Lembro bem que demorei quase uma semana pra conceber na cabeça o advento. Deve ser o impacto da tonelada de energia que recebi durante a apresentação.

Ver o Kiss in loco é uma experiência indescritível. Cansei de ler entrevistas de grandes nomes do heavy metal - Chuck Schuldiner e Dave Mustaine, só pra ilustrar -, que citaram um show do Kiss como algo tão marcante na vida deles a ponto de ser uma chave para mudanças. Sem contar nos vídeos e fotos que chegaram até mim ao longo desses 26 anos.

É gratificante ver esses deuses do rock dando tudo de si num palco. É muito bom saber que bandas gigantes como AC/DC, Kiss, Motorhead, Rush e tantas outras, dão aulas mágicas no palco pras novas gerações. Ver o Gene, com 60 anos no palco detonando tudo como se tivesse seus 20 anos é mágico. Um show desses não é apenas um show e sim um advento bombástico, fodástico, uma experiência que você leva por toda a vida e com certeza contarei pros meus netos. Ah, e quem sabe no meio dessa molecada que apareceu nos shows acompanhada dos pais, num aparece uma banda nova? Foi assim que o Sepultura surgiu, após dois garotos de 13 anos de BH - Igor e Max -, terem visto o Queen no Morumbi em 1981. Esse é o grande lance do rock and roll!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

EI GALVÃO!!

Uma imagem vale mais do que mil palavras...