terça-feira, 14 de abril de 2009

ADVENTOS BOMBÁSTICOS

Existem coisas na nossa vida que quando acontecem, temos variadas reações. Quando o impacto é forte e profundo, demoramos bastante tempo pra perceber. É que nem quando morre alguém bem próximo, você até entende que a pessoa morreu, mas parece que o cérebro demora um pouco pra constatar que ela não está mais ali. Você fica atônito, surpreso.

Mas não quero falar de coisas tristes ou negativas. Você pode ficar atônito e de alma lavada após um show de rock. Podes crer que essa tal reação descrita acima é consequência também de coisas positivas que acontecem com a gente. Sou exemplo disso. Confesso que ainda estou atônito com o show do KISS. Impacto igual, só aconteceu comigo quando assisti o Rush no Maracanã. Lembro bem que demorei quase uma semana pra conceber na cabeça o advento. Deve ser o impacto da tonelada de energia que recebi durante a apresentação.

Ver o Kiss in loco é uma experiência indescritível. Cansei de ler entrevistas de grandes nomes do heavy metal - Chuck Schuldiner e Dave Mustaine, só pra ilustrar -, que citaram um show do Kiss como algo tão marcante na vida deles a ponto de ser uma chave para mudanças. Sem contar nos vídeos e fotos que chegaram até mim ao longo desses 26 anos.

É gratificante ver esses deuses do rock dando tudo de si num palco. É muito bom saber que bandas gigantes como AC/DC, Kiss, Motorhead, Rush e tantas outras, dão aulas mágicas no palco pras novas gerações. Ver o Gene, com 60 anos no palco detonando tudo como se tivesse seus 20 anos é mágico. Um show desses não é apenas um show e sim um advento bombástico, fodástico, uma experiência que você leva por toda a vida e com certeza contarei pros meus netos. Ah, e quem sabe no meio dessa molecada que apareceu nos shows acompanhada dos pais, num aparece uma banda nova? Foi assim que o Sepultura surgiu, após dois garotos de 13 anos de BH - Igor e Max -, terem visto o Queen no Morumbi em 1981. Esse é o grande lance do rock and roll!

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