quinta-feira, 13 de novembro de 2008

COME TO THE SABBATH


Sempre fui fã convicto e perdidamente apaixonado pelo Black Sabbath. A coisa toda aconteceu quando eu tinha 13 anos e estava conhecendo o mundo do rock. Como todo adolescente, queria agarrar o mundo com as mãos e escutava de tudo, sem um senso crítico apurado. Mas tudo mudou quando eu vi uma foto no alto da loja de discos. Estava escrito "BLACK SABBATH" e não precisava dizer que aquela foto foi tirada nos anos 70. A imagem do garoto loiro de cabelos lisos, com outros três bigodudos de cabelos pretos, usando uma espécie de "black power pra branco", cheios de cruzes e vestidos de preto me intrigou.

Lembro de ter chegado em casa e depois do jantar, fui perguntar pra mãe: "Você conhece o Black Sabbath? Eles são da sua época né?". Eu naquela dúvida típica em busca de orientações. "Sim. São bem antigos e TOCAM PRA CARALHO!" Meu pai consentiu: disse que tinha o 'Paranoid" e rolava em festinhas, nos velhos tempos. Não sabiam que naquele momento, estavam prestes a mudar minha vida.

Não lembro do momento e do dia exato em que fui apresentado ao som do quarteto inglês. Mas posso descrever até o fim dos meus dias a sensação de ter escutado, o álbum que escutei pela primeira vez, "Paranoid". Arrepios na nuca, uma vontade automática de bater cabeça, uma puta catarse. Acordes sombrios, frases diminutas, um blues mais brutal. Sim. Definir Black Sabbath é isso: sombrio, pesado, denso, brutal. Um verdadeiro estrago, que já dura exatos 40 anos.

Um vizinho tinha o vinil e tratei de apagar uma fita K7 do meu avô sobre espiritismo (Triângulo das Bermudas) tamanha era a fome de escutar em casa. Poderiam até achar que isso é mais um clichê daqueles que envolve a banda e o heavy metal por tabela, mas a coisa aconteceu praticamente como obra do acaso.

Poderia escrever uma bíblia enaltecendo a banda e os clássicos que estão registrados na história da música ou falar sobre a importância do Black Sabbath. Mas não importa. O legado deles responde tudo. De qualquer forma, meu encontro com Bill Ward, Geezer Butler, Tony Iommi e Ozzy Osbourne foi a coisa mais importante que me aconteceu até agora. O Black Sabbath me levou ao mundo do heavy metal. E mudou minha vida.

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