segunda-feira, 20 de julho de 2009

100 ANOS DE GRENAL

No linguajar futebolístico, um "derby" é quando duas equipes rivais de uma mesma cidade se enfrentam. Enquanto no Brasil, o nome mais usado para esse tipo de confronto é "clássico", lá no exterior esse termo é usado quando duas equipes arquirrivais são de cidades diferentes, como no caso de Real Madrid e Barcelona. Já no Brasil cada cidade grande tem o seu, mas que me perdoem os torcedores de outros times e moradores de outras partes do Brasil, não há no país rivalidade maior que a de Grêmio e Internacional.

Ambos não figuram entre as maiores torcidas do Brasil, estão longe demais das capitais mas por que é a maior rivalidade do país? Há uma série de fatores. A principal com certeza é a relação de amor e ódio. Uns apontam o equilíbrio e a intensidade da disputa dentro e fora do campo. Há quem diga que é pelo fato da divisão ser severa dentro do Rio Grande do Sul, já que em outros lugares há mais de dois times grandes e tradicionais. Mesmo assim, há estados em que, mesmo com times grandes compondo um derby, muitos de seus habitantes preferem torcer pra times de fora, coisa praticamente inexistente na terra do gre-nal.

Em um século de existência, foram 376 confrontos, com 141 vitórias coloradas, 118 gremistas e 117 empates. Ambos são campeões nacionais (o Inter tem três nacionais e uma Copa do Brasil enquanto o Grêmio tem dois nacionais e quatro copas), da Libertadores e até um Mundial Interclubes pra cada lado.

Um sempre leva a vantagem no outro em algum quesito. Se um tem, o outro se mobiliza e corre atrás pra conquistar também. Não importa se é um título ou até mesmo um projeto de modernização de seus estádios. No Sul, ou você está de um lado ou de outro e isso se aprende desde cedo ou como diz o colorado Luís Fernando Veríssimo, a escolha acontece no exato momento em que você pisa no aeroporto.

Essa dicotomia tão radical foi capaz até mesmo de mudar atitudes de empresas patrocinadoras. Basta ter como exemplo uma marca de refrigerantes que teve de mudar a placa de publicidade no Olímpico só por ter as cores do Inter. Houve casos em que o patrocinador - principalmente se tiver sede em Porto Alegre - teve de ser o mesmo para os dois times, pra evitar perda de clientes e consumidores. Outro exemplo que ilustra bem o teor da rivalidade são os documentários. O Grêmio fez um documentário contando a saga da "Batalha dos Aflitos", quando o time voltou à primeira divisão e em resposta, o Inter fez outro tendo como tema a conquista do Mundial de Clubes no Japão.

Uma típica rivalidade tem em seus ingredientes disputa acirrada, revanchismo eterno, provocações e até um clima de guerra. No caso gre-nal, a guerra é declarada e dificilmente um jogador que teve identificação com um lado terá com o outro. Os que chegam aos clubes imediatamente são tomados pela rivalidade. É justamente essa intensidade tão forte a ponto de derrubar qualquer sombra de imparcialidade que faz a diferença. Quando se fala em gre-nal tudo é tão intenso que se passa dos limites do normal.

Um comentário:

Fernanda Cockell disse...

É...tipo, por que você fez um post de futebol? Não entendo nada de futebol...até hoje não sei porque um homenzinho com uniforme diferente de todos corre atrás da bola, mas nunca chuta... =/

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

(brincadeirinhaaaaaaaaaaaaaaaa)